segunda-feira, outubro 13, 2008

Folego

Depois de alguns dias de nervosismo, as principais bolsas do mundo respiram aliviadas, ou ao menos ganharam um folego temporário. Isso pelos cinco pontos decisivos desde o dia 10 de outubro.

Primeiro:
Ainda na semana passada, na sexta-feira as 20hrs, o G7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Reino Unido, Japão e Itália), após reunião em Washington, anunciou um plano de ação contra a crise financeira, que incluia o uso de todas as ferramentas disponíveis para evitar a quebra de grandes bancos.

Ao término da reunião, o G7 afirmou; "A situação atual requer ações urgentes e excepcionais”.

O Grupo se reuniu após uma semana de pesadelo nas bolsas mundiais, que registraram quedas históricas perante a iminência de uma recessão em muitos países desenvolvidos, incluindo Estados Unidos, e a falta de confiança no sistema financeiro.

Segundo:
No sábado, as 21hrs, após reunião do G20 em Washington, nos Estados Unidos.

O G20, organismo que reúne países avançados e nações em desenvolvimento, se comprometeu hoje a utilizar "todas as ferramentas" financeiras e econômicas para assegurar a estabilidade e o bom funcionamento dos mercados contra a crise que se abateu sobre eles.

A reunião contou com a presença do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que não estava prevista a princípio e que segundo o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, demonstra a crescente importância do grupo.

"A participação de Bush é uma mostra da importância do organismo e da gravidade do momento que estamos vivendo", disse Mantega em entrevista coletiva.

O G20 é integrado por EUA, União Européia, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália, França, do lado dos países desenvolvidos.

Por parte dos emergentes estão Brasil - atual presidente do grupo - Coréia do Sul, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia.

Terceiro:
Ainda no sábado, em Washington.

Os ministros da Economia de todo o mundo deram hoje em Washington seu forte apoio ao plano de ação contra a crise financeira do G7 (países mais ricos), que contempla o uso de dinheiro público para evitar a falência de grandes bancos.

A crise foi a razão que levou a série de políticos a invadir hoje as sedes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, organismos que realizam uma das assembléias anuais mais difíceis de sua história.
A resposta coletiva foi uma mensagem clara de apoio à iniciativa do G7, que se estendeu hoje em uma reunião muito mais longa que o previsto do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, em inglês), que é o principal órgão diretor do FMI e representa os 185 países que integram o organismo.

"O IMFC e, em conseqüência, todos os membros do FMI, dão apoio ao plano do G7", anunciou em coletiva de imprensa Youssef Boutros Ghali, ministro das Finanças do Egito e presidente do órgão.

O FMI pôs à disposição dos Estados-membros suas reservas de quase US$ 250 bilhões, que o organismo desembolsaria em forma de empréstimos urgentes, com menos condições que seus programas freqüentes e em questão de duas semanas.

Quarto:
No domingo, as 16hrs, após reunião da Zona do Euro.

Líderes dos países da Zona do Euro reunidos neste domingo em Paris decidiram permitir um refinanciamento bancário "limitado" até o final de 2009 e de acordo com as "condições do mercado", disse hoje o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

"Não será um presente para os bancos", declarou o presidente francês, que disse ainda que na cúpula realizada hoje em Paris foi decidido que os Estados-membros da eurozona "poderão reforçar o capital dos bancos de seus respectivos países".

Quinto:
Os chefes de Estado e de Governo dos países do Eurogrupo, além do presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, e do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, se reuniram neste domingo em Paris para discutir medidas que tirem o sistema financeiro mundial da crise.

Entre os assuntos, discutiu-se a nacionalização parcial dos bancos, coordenação das intervenções de cada Estado, garantia de depósitos dos poupadores e controle das remunerações dos dirigentes, segundo diversos meios de imprensa.

Fonte: Agência EFE

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